
O grande amigo Julio me concedeu a honra de compartilhar com vocês um pouco da minha trajetória até a aprovação.
Essa história começa ainda na graduação, quando fui aprovado no X Processo Seletivo de Estagiários da PR/MT. Além do aprendizado profissional diferenciado, o estágio também me proporcionou um crescimento pessoal incrível, pois tive a sorte de integrar uma equipe de trabalho extraordinária.
Por essas e outras razões, decidi que prestaria o concurso para Procurador da República. Ouvi coisas como: “Vc é maluco?”; “Vc mira alto hein?”; “Aqui em MT quase ninguém passa nesse concurso né?”; “Pq vc não escolhe um cargo que ganha mais e não precisa estudar tanto?”.
Por outro lado, também ouvi muitos incentivos, sobretudo de pessoas que foram extremamente importantes nessa caminhada. Não por acaso, várias delas são do próprio MPF.
Conclui a graduação e assumi um cargo de assessor no TJMT. Embora tenha sido importante naquele momento, o estudo para o concurso ficou prejudicado pelo volume de trabalho que enfrentava diariamente. Posteriormente, recebi um convite para retornar ao MPF, desta vez no cargo de assessor (CC-2). Aceitei e segui na rotina de conciliar o trabalho com os estudos. Não havia completado os 3 anos de atividade jurídica quando fiz pela primeira vez a prova do MPF. Ao final das 5 horas, sequer terminei as 120 questões da primeira fase hahaha. Apesar disso, segui estudando, pois tinha certeza que a preparação, embora difícil, era o caminho.
Minha maior dificuldade era a prova objetiva. Nunca gostei de passar horas lendo a “lei seca”, mas acreditem: isso é fundamental para superar essa etapa. Dentre outros resultados ruins, reprovei por 3 pontos na primeira fase do TRF3 e por 2 pontos no MPMT e do MPDFT. Como se não bastasse, ao realizar a objetiva do 28º CPR, consegui boa pontuação no G1, no G2 e no G3, mas fiquei por 2 pontos no G4. Não foi fácil. Mais uma reprovação. Mais um arrependimento por não ter estruturado melhor o estudo para a objetiva. Foi então que eu mudei. Mudei minha estratégia de estudos, mudei de trabalho e foquei no resultado desejado. Deu certo! Ultrapassada a fase objetiva do 29º CPR, fui aprovado na fase subjetiva e também na prova oral. O que parecia tão distante, finalmente se concretizou.
A aprovação exige disciplina, comprometimento, paciência, resiliência e uma boa dose de fé. Trata-se de uma escolha que envolve privações, pressões e muitas incertezas. Quem enxerga apenas a vitória não faz ideia de que o êxito é precedido pela dor das derrotas, pelo suor da preparação e pela necessidade de superação. Mas se é o seu objetivo, faça dar certo!
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