DISCIPLINA E PERSISTÊNCIA - Parte 9 - a opção pelos concursos e a procrastinação para inaugurar os estudos: a noção de “custo de oportunidade”

By | maio 25, 2020 1 comment


Não são poucas as pessoas que planejam estudar para concursos e têm dificuldade de começar ou estudar com afinco, pois não é difícil perceber que o caminho – como praticamente toda meta de longo prazo – exige muito sacrifício e abdicação: aprender a dizer não, estudo em momentos que eram de lazer etc.

O adiar o início de algo já é um ATO DE ESCOLHA. E, como qualquer ato de escolha, envolve a não-escolha das demais opções. O CUSTO DE OPORTUNIDADE significa tudo aquilo que se renuncia ao tomar uma decisão. Quem optou por ir todos os dias para a academia também decidiu, naquele tempo, em não fazer outra coisa (ver um filme ou estudar, por ex.). E são as nossas escolhas, conscientes ou não, que CONTRIBUEM para fixar onde estamos, aqui e agora. Claro que há outros fatores, alguns culturais, mas não me parece possível ignorar o papel da nossa escolha dentro da margem de manobra que nos sobra.

Ao adiar o projeto de longo prazo indefinidamente (“um dia eu começo...”), o CUSTO associado a isso é a não vivência de tudo que de curto, médio e longo prazo poderia viver, SE tivesse optado por outro caminho. Já mencionei na minha trajetória uma metáfora que me parece ajudar bastante diante da inércia e opção pela manutenção do status quo: a ideia do “eterno retorno” de Nietzsche. Imaginando viver a mesma vida eternamente, como se a vida fosse um filme a ser visto infinitas vezes, você ficaria no lugar em que se encontra ou tomaria uma atitude?

Existe um fantástico vídeo sobre “ligar os pontos” de Steve Jobs no YouTube. Jobs, lembrando do curso de caligrafia que ele fez "fora da grade", disse que "nada disso tinha sequer um lampejo de aplicação prática na minha vida, mas dez anos depois, quando nós estamos projetando o primeiro computador Macinthosh, aquilo tudo voltou para mim e nós colocamos tudo no Mac. [...] Claro que era impossível conectar os pontos olhando para frente quando eu estava na faculdade, mas ficou muito, muito claro olhando pra trás dez anos depois". 

Há uma forte conexão, malgrado invisível, entre dois pontos: nosso presente e nossas escolhas/renúncias! Vale a pena pensar sobre isso 😉


Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Um comentário:

  1. Cara, filosofou profundo hein. Mas acho que foi tão fundo que não entendi a mensagem.

    ResponderExcluir