Trajetória nos concursos - Lucas Medeiros Gomes

By | março 13, 2020 Leave a Comment



Trago hoje a trajetória do @prof.lucasmdeirosgomes, juiz federal do TRF-3ª Região e ex-DPU. Lucas coleciona tantos êxitos em concursos diversos que é difícil de enumerar: desistiu da fase oral de juiz do TJSP 188, foi aprovado na fase objetiva de Magistratura do Trabalho, além de ter feito mestrado no período. É bem interessante a observação do Lucas de que não deixou a vida em stand by. Fez tudo no seu ritmo, de modo que o processo de aprovação veio como consequência praticamente natural. Como bem disse o Lucas, "a trajetória foi bem leve para mim por conta disso, porque eu não deixei a minha vida em stand by, ao contrário, sempre priorizei minha felicidade e pensava que o resultado nos concursos seria algo natural do processo de estudo e viria no momento certo, porque acho que mil fatores influenciam no resultado e não sou muito fã de radicalismos". Parabéns, Lucas! E obrigado pelo texto! Aproveito para indicar o perfil do @prof.lucasmedeirosgomes, com várias dicas de concurso!

Fui aprovado nas provas de Analista do Instituto Nacional de Propriedade Industrial/2012, Especialista em regulação na Agência Nacional do Petróleo/2012, Defensoria Pública da União/2017, juiz federal substituto no Tribunal Regional Federal da 3ª Região/2019. 

Fiz outros concursos, por exemplo, fui aprovado para a segunda fase da Magistratura do Trabalho/2017, concurso unificado, porque a prova era na minha cidade, e não fui fazer a segunda fase porque estava no meio do processo seletivo da DPU e era em Brasília a fase de sentença. 

E, fui aprovado para a oral do Tribunal de Justiça de São Paulo e da Bahia/2019, também não fiz a prova por já ter tomado posse no cargo de juiz federal, a princípio por questões de lotação e matéria.

Eu não tinha muito um método específico, usava alguns materiais de cursinho, e também lia muitos livros da juspodium (curtia muito as coleções) e outros da banca que eu estava focando e sempre tinha o toc de terminar o livro, acho que isso me prejudicou um pouco, não selecionar as leituras e ter que ler capa a capa por uma questão minha. 

Evitava lei seca, acho que poucas vezes li, mas fazia muito exercício no qconcursos nos trajetos em casa e lia muito informativo cru e no dizer o direito, isso me rendeu a aprovação surpresa em 1º lugar na primeira fase da DPU, banca cespe. Acho que o exercício me ajudava a estudar a lei seca de forma seletiva e os livros costumam copiar também os trechos.

Eu cursei o mestrado em 2017 e 2018, também obtive aprovação em primeiro lugar na seleção da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2016, porque eu estava com uma sensação de que não iria passar rápido e não queria estacionar minha vida profissional, sinceramente as aprovações que se seguiram foram num período extremamente distraído com tantos projetos na minha vida pessoal que eu considero que o mestrado me ajudou muito a melhorar a escrita, a aprofundar o estudo de alguns autores e a ganhar desenvoltura no estágio docente com produção de aulas e participação em bancas de monografia. Eu recomendo muito a continuidade dos estudos, serviu como título e para lançar meu livro com a consolidação da pesquisa depois.

Não tem uma bibliografia específica que eu seja muito apegado, na faculdade fiz uma boa leitura de base dos clássicos, nos estudos para concursos, voltei para os manuais e esquematizados e não vejo problema ou demérito nenhum nisso. Eu indicaria para primeira fase, a coleção de leis comentadas, e para segunda, a coleção discursivas da juspodium.

Eu trabalhei durante todo o período de estudos, na ANP e depois na DPU, desde novembro de 2013 a 2019. Me formei na UERJ em quatro anos, era para eu ter me formado originalmente em março de 2014, mas eu precisava do emprego, porque na época minha mãe estava com o diagnóstico de vida de três meses por conta do câncer e isso mudou meus planos de cursinho e preparação, foi um recurso junto à Reitoria, soube disso uns 2 meses antes de terminar a faculdade, mas já estava de ouvinte nas matérias finais.

E como minha colação foi em março de 2013, o total de estudos até a aprovação foi de sete anos. Por isso que acho que minha desorganização e meus outros projetos acabaram atrasando isso, mas não teria feito nada diferente, a trajetória foi bem leve para mim por conta disso, porque eu não deixei a minha vida em stand by, ao contrário, sempre priorizei minha felicidade e pensava que o resultado nos concursos seria algo natural do processo de estudo e viria no momento certo, porque acho que mil fatores influenciam no resultado e não sou muito fã de radicalismos. 

Ironicamente, os meus melhores resultados vieram nas fases que menos tinha tempo e nos concursos menos esperados, porque eu não me cobrava tanto de passar naquelas circunstâncias.

Se eu pudesse dar uma dica para quem está iniciando os estudos, é montar sua bibliografia das matérias base primeiro, com bons livros, e montar seu cronograma e simulados para nortear os pontos fracos. Desde já, começar a fazer exercícios e se inscrever nas provas, mesmo que não seja o foco, para testar emocional e porque às vezes o concurso é quem te escolhe. Indicaria concursos escada para dar mais calma, e tentar desenvolver hobbies e outros aspectos da vida que vão sustentar a trajetória como algo feliz e bom. É um grande processo de autoconhecimento, é lindo se você não tiver pressa, não se comparar, não se odiar durante tudo isso. É muito fácil você olhar para a história do outro e se sentir melhor ou pior, mas sempre tem alguém abaixo e acima nesses parâmetros, se você partir da ideia de que somos todos iguais e cada um passa por experiências diferenças, a cobrança diminui, o esforço aumenta, porque você não se sabota quando acredita que tem chances e entra no jogo com pé no chão e expectativas reais. 

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