Fases do concurso - Prova oral - Parte 17 - A ausência de empatia da banca não é sinônimo de reprovação

By | fevereiro 02, 2020 Leave a Comment



A prova oral é um cenário formal e de avaliação, o que produz uma série de cuidados tanto para quem é AVALIADO quanto para quem é o AVALIADOR. O candidato, por um lado, buscará se portar de modo formal, cuidando, por ex., do vernáculo. O examinador, por outro lado, não quer dar brechas para eventual judicialização da prova e quer que a prova flua naturalmente, dando maior nota, de forma geral, em favor de quem demonstra bons conteúdos, articulação/desenvolvimento e presença de palco.

Daí NÃO segue que a banca TENHA QUE SER fria ou apática. No entanto, é bem comum, em avaliações orais, a utilização desse instrumento. O examinador SABE que o candidato passou pelos filtros de conteúdo anteriores, ou seja, tem boa precisão de memória (do contrário não passaria na objetiva) e sabe articular/desenvolver juridicamente os temas (do contrário não passaria na prova subjetiva). A prova oral, por si só, já coloca ingredientes novos, que é a capacidade de apresentar aquilo que o candidato já demonstrou ter (memória e articulação) SOB PRESSÃO e com PRESENÇA DE PALCO.

O acréscimo da apatia e eventuais atitudes hostis (como indiferença, interrupções sucessivas, insistência no mesmo eixo temático desfavorável, reperguntas e explicitação de espelhos “desfavoráveis”) são formas da banca incrementar a dificuldade PSICOLÓGICA da prova, como ocorre, mutatis mutandis, na entrevista de presidenciáveis no JN. Há examinadores que parecem ter sido escolhidos pela banca para ser o “vilão”, assim como há examinadores profundamente amigáveis e que praticamente conduzem o candidato para a resposta esperada, balançando a cabeça positivamente durante a arguição e, ao final, anunciando que gostou da prova avaliada.

Nesse panorama, é relevante treinar CENÁRIOS HOSTIS, porque, ainda que ele não ocorra, é melhor estar preparado do que não estar, como ensina o topos “mares calmos não fazem um bom marinheiro”. Com os treinos, é possível perceber que não se trata de algo pessoal, mas apenas uma estratégia psicológica usada pela banca. Quem não enxerga assim tende a se abalar e, nas perguntas seguintes, ainda que fáceis, evidenciar CONGELAMENTO e dificuldade de acesso ao tema e às informações.

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