Trajetória nos concursos - Rodrigo Mayer

By | agosto 22, 2020 Leave a Comment




Trago hoje a trajetória do Rodrigo Mayer, aprovado para Promotor de Justiça no MPMG (1º lugar da fase oral), que tive a honra de conhecer no curso de prova oral. 

Como bem destacou o Rodrigo, após enfrentar reprovações, anulações e aprovações em várias carreiras, "injustiças podem ocorrer, mas não controlamos correções e provas. Já vimos muitos absurdos nesse mundo de concursos, e infelizmente voltarão a ocorrer. Um dia a prova será a tua prova, e o concurso será o teu concurso". Isso é bem interessante porque, de fato, muitas vezes em provas para as quais estávamos profundamente preparados não lograremos êxito, por inúmeras razões, como, por exemplo, o fechamento do espelho em sentença/peça com tema controvertido. O que é importante, em todo caso, é fazer, enquanto candidato, aquilo que compete a nós e que está em nosso controle! Parabéns pela mensagem, Rodrigo!

Aproveito para recomendar o seu perfil no instagram (rmayermeleo), no qual tem postado, de forma mais detalhada, a sua experiência nos concursos!

Aproveitando este nobre espaço e aceitando um gentil convite do Júlio, venho falar um pouco da minha trajetória até a aprovação no LVII concurso para promotor de justiça do MPMG.
A primeira vez em que tive contato com estudo para concursos foi em 2008, aos 18 anos. Influenciado por uma prima que já era servidora, comprei uma apostila na Borges de Medeiros (os porto-alegrenses saberão) e dei umas lidas para o concurso de Agente de Fiscalização da Prefeitura de Porto Alegre. Mal sabia que, anos mais tarde, sem quase nem lembrar do concurso (fiquei em 82), seria chamado. Por circunstâncias logo mais explicadas, acabei ficando no cargo por cerca de 45 dias.

Já em 2009, no quinto semestre da faculdade (Fundação Escola Superior do Ministério Público), comecei a estudar (de verdade) pro concurso de Oficial de Justiça do TJRS. Primeiro fiz a prova pra o OJ Classe O (segunda instância). Havia pouquíssimas vagas (4), e fiquei em 74. Estudei uns quatro meses pra essa prova, e gostei bastante do meu desempenho.

Depois passei a estudar pro concurso de Oficial de Justiça PJ-H (primeira instância), que era meu objetivo inicial. Estudei muito para esse concurso, muito mesmo (cerca de um ano), conciliando com a faculdade. Acabei não indo bem na prova, e apesar de aprovado, fiquei fora das vagas (não localizei a classificação porque a empresa responsável foi extinta). Depois de algumas fraudes descobertas, a prova foi anulada. Ganhava uma segunda chance.

Nesse meio tempo, poucos meses depois da prova anulada, fiz a prova para Oficial Escrevente do TJRS. Sabia que tinha ido bem, mas não sabia o quanto.

Já em 2011, num calor insuportável do dia 23 de janeiro, a prova de OJ foi reaplicada. Tinha prosseguido nos estudos e tentado corrigir meus erros.

Alguns meses depois vieram os resultados: tinha ficado em 10 lugar no concurso de OE e em 9 lugar no de OJ. Em concursos com mais de 50 mil inscritos, ficar entre os dez primeiros era uma surpresa e uma alegria enormes.

Cerca de dois anos após, depois de ter passado pelos cargos de Agente de Fiscalização (no qual fiquei apenas 45 dias em virtude da nomeação para OE), e Oficial Escrevente, e sendo Oficial de Justiça, já em 2013, comecei a estudar para o cargo de Delegado de Polícia.

Meu objetivo era a PCRS, mas o edital não saiu, e como acabaram marcando a prova da PCSC, fiz, em 2014 (cerca de um ano depois de começar a estudar e conciliando com o cargo de OJ) o concurso para Delta da PCSC. Fui sendo aprovado em todas as fases (objetiva, dissertativa, psicotécnica, física e investigação social), até que, em 5 de janeiro de 2015, fiz a prova oral. Fiquei em 10 lugar no concurso, e em 2016 fiz a Academia de Polícia.

Em maio de 2018, e quase dois anos como Delegado, voltei a estudar, agora para o MP. Em meados de 2019, fiz as primeiras fases do MPSC e do MPSP. Para minha surpresa, passei nas duas, sendo que na objetiva do MPSC fiquei em segundo lugar. Poucos meses depois viria a ser reprovado nas duas segundas fases. O abatimento foi grande, mas tinha que continuar.

Enquanto estudava para a dissertativa do MPSC, saiu o edital do MPMG. Entre a segunda fase de SC e a primeira de MG, tinha pouco mais de um mês para me recuperar daquela prova de penal do MPSC (sobre a qual ainda falarei no meu IG, devido a algumas circunstâncias especiais que cercaram aquela prova) e estudar para o MPMG.

Em novembro do ano passado fiz a objetiva do MPMG. Passei em 24. Em fevereiro deste ano fiz a dissertativa (passei em 44). E em julho fiz a oral (fui o primeiro lugar, para o que o Júlio teve enorme participação). Depois de duas quedas bem doloridas, vinha a vitória, e melhor, em um estado maravilhoso, e num MP simplesmente espetacular.

Assim é a vida. Chegará lá quem não desistir. Quem cair e levantar. Quem não desanimar. Quem acreditar sempre.

Injustiças podem ocorrer, mas não controlamos correções e provas. Já vimos muitos absurdos nesse mundo de concursos, e infelizmente voltarão a ocorrer. Um dia a prova será a tua prova, e o concurso será o teu concurso. Mesmo que inicialmente não pareça. E o MPMG foi o meu concurso. Bem feito, bem elaborado, técnico, justo e incrivelmente transparente.

Que o seu concurso esteja próximo, bem próximo. Esteja pronto quando ele aparecer.







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