O fator aleatório na aprovação em concursos públicos - Por Bruno Barcellos de Almeida

By | fevereiro 17, 2020 Leave a Comment


Por Bruno Barcellos, juiz do TJRS e professor da AJURIS (@passoadecidir). 

Quem atinge o sucesso em concursos públicos, especialmente os de grande porte, compostos de inúmeras fases eliminatórias e classificatórias, passa a ter a nítida percepção de que existe uma álea em toda aprovação.
Em outras palavras, há, sim, um fator aleatório que, afora a competência e o preparo do candidato, leva alguém a lograr a almejada a aprovação.
Cortella, no livro A Sorte Segue a Coragem, trata do imponderável, “do tudo dá certo ou tudo dá errado”, do que, segundo ele, a ciência chama de simultaneidade ou sincronicidade - quando há um conjunto de fatores que convergem para um determinado desfecho.
Uns chamam de “sorte”, outros de “acaso”. O certo é que é comum nos deparamos com candidatos que, igualmente preparados, não encontram o mesmo destino final em determinado certame. E, mais: há candidatos que, embora demonstrem possuir muito conhecimento, não obtêm êxito em alguma etapa específica no concurso público tão sonhado.
O que ocorre, portanto? Por que razão muitos candidatos, não obstante extremamente capacitados, enfrentam o insucesso?
Não há respostas para tais indagações!
O que se percebe, todavia, forma clara, após a aprovação em um concurso concorrido, é que, para além do preparo e da competência (condições sine qua non), existe, sim, um algo a mais que enseja a “escolha” de determinados poucos candidatos que chegarão “vivos” ao final da disputa em detrimento de tantos outros mil tão capacitados quanto, que ficarão pelo caminho. 
A boa notícia é que existem inúmeros caminhos a serem trilhados, em seguida àquela passagem que se fechou e, quando chegar a sua vez, há de se ter a segurança de que o “acaso” estará ao seu lado e o universo conspirará em seu favor.
Bons estudos!

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