Fases do concurso - Prova subjetiva - Parte 13 - Fazer ou não cursos? Parâmetros para verificar a necessidade e, se for o caso, escolher

By | setembro 19, 2019 1 comment


Uma das perguntas que mais recebo é se é necessário ou não fazer cursos. A pergunta é complexa, pois depende, além da disponibilidade financeira, (i) do ponto de partida de cada um, (ii) da capacidade de abstração e (iii) de quão mecânica é a habilidade almejada. 

Quanto ao ponto de partida (i), a prova subjetiva exige capacidade de escrita/articulação. Quem atua em determinada área tem maior facilidade para construir a resposta, dependendo apenas de saturar o conteúdo. É importante ter em mente, porém, que os estilos variam, como, por ex., entre a sentença cível e penal. Na sentença criminal, há forma mais engessada de fundamentar, falando da materialidade/autoria antes de considerações jurisprudenciais ou legais. Assim, a mera experiência com a área CÍVEL pode não ser suficiente.

No que se refere à capacidade de abstração (ii), existem pessoas que têm maior capacidade de sistematização, ou seja, compreendem o que fazer em cada parte e sabem executar mesmo SEM a prática. Lembro de uma entrevista de um treinador de futebol dizendo que os jogadores não conseguiam entender o papel no campo com base em mero desenho tático no quadro: era necessário conduzi-los DENTRO do campo para que eles conseguissem visualizar e, na sequência, repetir algumas vezes o ato.

No que tange ao caráter mecânico da habilidade (iii), alguns saberes são internalizados com a PRÁTICA. Mesmo contemplando à exaustão livros, aulas e vídeos sobre direção de veículo, nem por isso a pessoa inexperiente saberá dirigir, de imediato, com tranquilidade. De igual modo, o teatro, a gastronomia e a oratória são saberes eminentemente PRÁTICOS. 

Optando por fazer cursos, o que me parece fundamental na escolha é não se seduzir pelo “dolus bonus” (como a menção de percentual de aprovados que apenas fizeram uma revisão de véspera), mas sim aferir o quão INDIVIDUALIZADO e TÉCNICO são os serviços prestados. O “fast food”, nesse caso, não ajuda muito, pois não se aprende a dirigir carro sem alguém verificando (e te ajudando) a superar cada falha (carro morrendo, partida, mudança de marcha etc). Em se tratando de saber prático, o melhor norte é o feedback REAL de quem já se valeu do serviço.

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