Diagnóstico - Parte 4 - A análise da prova e a separação por ramos e fontes do direito

By | março 28, 2019 Leave a Comment


Qualquer exame tem mais UTILIDADE quanto maior for a separação de informações, da mesma forma que o “exame de sangue” segrega a glicose do colesterol. Nos concursos, a mera nota obtida em certa prova não diz MUITO sobre a situação do estudante: a situação do candidato que fica a 10 pontos abaixo do corte errando a LEI é diferente daquele que atinge a mesma pontuação porque errou a JURISPRUDÊNCIA.

Eu analisava as provas da seguinte forma: em primeiro lugar, catalogava a FONTE DO DIREITO que embasava a assertiva CORRETA de cada questão. Por ex., na questão 1, a alternativa correta foi “C”, cuja resposta está na lei e/ou doutrina e/ou jurisprudência. Depois disso, separava a prova por RAMOS do direito. De conseguinte, tinha a noção de quantos acertos tive por RAMO e por FONTE (por ex., em ambiental, das 10 questões: acertei 2 de 4 questões de jurisprudência; acertei 3 das 5 questões de lei; e errei a única questão de doutrina). Esses dados são facilmente obtidos, pois são QUANTITATIVOS.

Quando tinha tempo, obtinha dados QUALITATIVOS com base no seguinte questionamento por RAMO e FONTE: as minhas dúvidas sobre as assertivas consideradas CORRETAS no gabarito eram TOTAIS (não tinha noção), PARCIAIS (de uma frase, v.g.) ou ÍNFIMAS (estranhamento de apenas um termo)? Isso permitia um melhor embasamento para as reações, afinal, errar uma questão de UC por não saber um detalhe sobre a Reserva Biológica é DIFERENTE de errar a mesma questão por não saber que UC é diferente de APP.

Quanto às assertivas FALSAS, reputo relevante levar em conta duas premissas: (i) de um lado, o critério de inserção pelo EXAMINADOR da informação falsa PODE ser menor, ou seja, ele pode ter inserido 4 assertivas difíceis sem muito critério porque a resposta – a assertiva sobre uma súmula vinculante, por ex. – era fácil; (ii) de outro lado, a resposta correta pode ser praticamente INalcançável, hipótese em que só é possível a resolução da questão por eliminação das outras alternativas (na prática, o que ele cobrou foi a PRECISÃO em 4 alternativas, e não em uma). Então, focava a análise nas 4 alternativas.

No próximo post, falo da utilidade da inserção dos dados do olhonavaga na análise.


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