Vade Mecum - Associação da doutrina e jurisprudência à lei - Parte 3 - (in)divisibilidade do método e exceções

By | fevereiro 21, 2019 1 comment

Continuando o tema de doutrina, falo das exceções à inserção dos resumos no vade mecum diretamente ou por fichas. Eu fiz isso em duas hipóteses: (i) lei seca muito longa e estrategicamente pouco útil (títulos de crédito e lei de S/A, v.g.); (ii) e obra exclusivamente doutrinária, ou seja, com baixo percentual de paráfrase de lei. Optei por fazer um “resumo” tradicional, em folhas A4, sem me preocupar em usar os filtros dos quais falei no último post.
No primeiro caso, a lei da S/A, por ex., não era muito proveitosa: pouco organizada, não era didática, longa demais e com baixa incidência em provas. O tempo de leitura dela, com pequeno proveito, representava o tempo de revisão de um ramo inteiro, como tributário. Assim, optei por algumas poucas folhas de A4 no lugar de ler a lei.


Na segunda hipótese, os livros com maior densidade teórica contêm MUITAS informações que não têm relação direta com a lei. O livro de Daniel Sarmento, por ex., fala de papel contramajoritário, déficit democrático e problema intergeracional, além de temas de história das CF’s, filosofia política e teoria da norma. Preferi, assim, manter a “ordem das ideias” proposta pelo autor no resumo tradicional. 
Adotei esse método em teoria da constituição, direitos humanos e internacional.

As exceções ao método revelam uma característica importante do método em concurso: não precisa ser tudo INDIVISÍVEL. Ser crítico sobre a alocação do tempo é ser empreendedor de si mesmo. Parte do meu método foi construído para disputar, diante do cenário de vagas magras, em diferentes concursos, federais e estaduais. Se concurso tiver número menor de matérias e cobrança for mais trivial, ser conciso PODE não ser TÃO relevante. O dilema envolve uma análise de custo-benefício e preferências pessoais.

No meu caso, a DIVISÃO do método ficou nas exceções acima. Mas as possibilidades são fartas: resumir vídeo aula em determinado ramo ao invés de livro (seja porque a aula é boa, seja para romper com a monotonia da leitura), fazer questões para identificar o que mais cai em tema no qual a lei seca seja mais cobrada (LEP, por ex.), etc.

Continuo no próximo post.
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Um comentário:

  1. Como posso saber que uma lei é pouco relevante, tendo em vista que é a primeira vez que farei concurso para PR?

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