Na prova oral, por ex., nós não estamos falando para a parede: além de nosso próprio conteúdo impor adaptações (desenvolvendo, por ex., meno...

#Retórica

By | outubro 22, 2022 Leave a Comment



Na prova oral, por ex., nós não estamos falando para a parede: além de nosso próprio conteúdo impor adaptações (desenvolvendo, por ex., menos em temas ruins), o examinador é o nosso interlocutor. Pode, cortando, dar sinais de que não gosta de introduções; e/ou que não gosta de palestras. Pode, sendo mais prático, não gostar tanto de informações acadêmicas. Pode, enquanto teórico, desejar informações acadêmicas. Pode, problematizando, esperar não a retificação, e sim a capacidade de o candidato defender as posições tomadas. Enfim, a capacidade de nos adaptarmos aos cenários diversos é testada e exigida.

E sempre lembro: a oratória (ie, as escolhas sonoras e visuais, como a respiração, a velocidade de fala e o gestual) é apenas UMA das variáveis nesse jogo retórico. Há outras que não guardam relação com a oratória, que vão desde a capacidade de fazer inferências (raciocínio criativo) à disposição argumentativa (ordem dos argumentos). Assim como um saco vazio não para em pé, só a oratória não sustenta um candidato eficiente na prova oral.

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