Os espartanos, oriundos da Lacônia, eram tão conhecidos por serem curtos e diretos que daí se originou uma figura de estilo de ornamento do discurso: o lacônico. É um estilo bem diferente do ático, como o de Atenas, que preza bastante pela fundamentação da (hipó)tese defendida, expressividade e pela variação de figuras. Sócrates, ao debater com Trasímaco na República de Platão ou com Meleto na Apologia, pode receber vários predicados, mas jamais "lacônico".
Em provas orais, os dois estilos são importantes, porque há examinadores que querem uma conversa rápida (e cortam quem se alonga) e há examinadores que esperam uma palestra (esmiuçando todos os aspectos do tema).
A capacidade de se adaptar aos diferentes cenários, à luz dos espaços fornecidos pelo interlocutor, é um desafio, afinal, enquanto para um examinador a extrema concisão é uma virtude, para outros é um vício e sinônimo de falta de conteúdo.
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