Imaginem uma prova escrita na qual fôssemos obrigados a escrever na folha definitiva de IMEDIATO: certamente a precisão cairia, a ordem dos ...

#Retórica

By | outubro 06, 2021 Leave a Comment


Imaginem uma prova escrita na qual fôssemos obrigados a escrever na folha definitiva de IMEDIATO: certamente a precisão cairia, a ordem dos argumentos não seria a melhor e a própria escolha das palavras seria muito afobada. Eis a prova oral!


Em uma oratória sob IMPROVISO - caso da prova oral -, precisamos de raciocínio rápido e, ainda, com presença de palco. Precisamos de verbalizar rapidamente, com elocução fluída e variada, a memória (de difícil acesso, sobretudo quando temos que localizar - e não apenas julgar - informações), bem como construir argumentos naquele momento (com recurso a analogias, por ex.). 


Em outros contextos, SEM improviso, o uso da memória NÃO requer esforço, como ocorre com o apresentador de jornal com teleprompter ("basta" ler!) e a apresentação de um produto com uso de power point. Neles o orador pode se dar ao luxo de se preocupar, em detalhes, com a movimento das mãos, a inclinação da cabeça.


Quem sobrecarrega a preocupação com o gestual, por ex., tende a parecer robotizado (a pessoa não é ator ou atriz...) e perder significativa fluência de raciocínio! Não é a Glória Kalil que está nos avaliando na prova oral, mas um examinador que quer ver um juiz, um promotor, um defensor, um delegado. Uma pessoa que se comunique como uma autoridade em um ambiente de pressão. 


Portanto, tenha cautela com dicas que parecem pressupor que temos um teleprompter na prova oral e um "examinador estático" (que sempre tolera introduções longas, silêncios artificiais, etc). Elas, muitas vezes, mais atrapalham do que ajudam. 

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