Trago hoje a trajetória de Diego Braga, promotor do MPGO, que ilustra muito bem a rotina de muitos concurseiros que conciliam com o trabalho: trocam folgas e licenças por estudos, aproveitam qualquer espaço do dia para estudar. Parabéns pela jornada, Diego!
Entrei na faculdade em 2000 e a intenção de fazer concursos públicos surgiu logo no início. Precisei – a partir do segundo semestre na faculdade – procurar um estágio remunerado, a fim de ajudar nas minhas despesas básicas.
Quando saiu o edital da Polícia Civil do RJ, para o cargo de inspetor de polícia, comprei uma apostila na banca de jornal e comecei a estudar sozinho. Logo que terminei essa apostila, entrei num curso preparatório intensivo para esse concurso (lembro que foi algo bem curto, cerca de 2 meses). Eu conciliava o estágio, a faculdade e o cursinho.
Passei nesse concurso e tripliquei meu salário. Além disso, a atividade policial era muito interessante e permitia que eu continuasse a me dedicar aos estudos, pois eu trabalhava em sistema de plantão.
Eu fazia questão de trocar os meus plantões durante a semana para poder me dedicar à faculdade e aos estudos para os concursos vindouros. Era bastante “ralação”, haja vista que eu trabalhava quase todos os finais de semana.
Além disso, durante os plantões, sempre que podia, eu ia assistir as aulas do cursinho e combinava com meus colegas de trabalho que eu ficaria a noite, caso tivessem ocorrências. Ou seja, nunca foi fácil.
Foi esse ritmo durante todo os anos da faculdade.
Em 2004 (antes de me formar) teve o concurso para a Polícia Federal, mas toda a minha preparação era voltada para delegado estadual. Sendo assim, havia matérias da área federal que eu não estudava. Fiz as provas para delegado e agente federal, mas só passei para este último cargo. Como minha colocação não foi muito boa, somente fui chamado para o curso de formação bem depois (em 2007).
Em 2005, antes de me formar, fiz a prova para Delegado da polícia civil de MG. Lembro que umas das últimas fases desse concurso era logo depois da minha festa de formatura.
Eu me formei no segundo semestre de 2005 e em 2006 fui chamado para o curso de formação para delegado da PCMG.
Em 2007, fui chamado para a academia nacional de polícia para o cargo de agente federal. Como eu queria retornar para o RJ e esse concurso me possibilitava isso, fui para a PF.
Estudei – especificamente – para os cargos de juiz e promotor de 2008 a 2013. Eu já tinha uma boa “bagagem” de conhecimento, mas somente quando tirei uma licença não remunerada no trabalho (por 1 ano e meio) que consegui atingir o “nível” para as provas do TJ e do MP. Fiz muitas provas para a magistratura e para o ministério público. Não sei dizer ao certo quantas foram, no entanto, foram muitas reprovações.
Em 2013 fui aprovado para o MPGO. Hoje, consigo conciliar a carreira de promotor de justiça e professor de cursos preparatórios.
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