A prova subjetiva costuma cobrar quantidade bem menor de temas do que a prova objetiva. E é inegável que a cobrança de tema mais revisado impacta muito na avaliação. Diante disso, eu buscava fazer exercício de prognóstico do que seria cobrado sem o recurso a cursos, pois me baseava, a depender do tempo disponível de preparação, (i) na própria objetiva, (ii) na atuação do examinador (iii) e nas suas publicações mais recentes.
Quanto à prova objetiva, o examinador TENDE a manter o eixo de cobrança da respectiva matéria na primeira fase. Por ex., no TJSP 187, o examinador de Constitucional e Humanística fez uma prova objetiva com alguns termos incomuns, como “representação argumentativa” de Tribunal. Como o termo está associado a uma leitura mais aprofundada de Teoria da Constituição – especificamente quanto ao problema “contramajoritário” e “déficit democrático” –, não seria improvável a cobrança do tema na questão dissertativa, o que acabou ocorrendo.
A atuação do examinador, por seu turno, se já serve como parâmetro para estipular o que pode ser cobrado em prova objetiva, na prova subjetiva é ainda mais forte. No 29 CPR/MPF, as questões de constitucional eram manifestações da examinadora em alguns casos, disponíveis no site da PFDC. É difícil para quem labora em uma área cobrar, com segurança e profundidade, questões referentes à área diversa. Isso reforça a baixa cobrança de “direito eleitoral” tanto em fases subjetivas quanto em provas orais, pois, além de ser difícil de o examinador atuar, é ramo que muda bastante com as reformas a cada eleição, de modo que a própria banca se sente insegura para cobrar.
Por sua vez, as publicações, disponíveis no google ou no currículo lattes, já ajudam a desenhar melhor o perfil de cada membro da banca e suas inclinações ideológicas (mais punitivista ou garantista, por ex.). Assim, na dúvida em certo caso (entre duas tipicidades), a caricatura da banca ajudava a optar por uma solução em detrimento de outra.
Ciente disso, buscava me inteirar da banca por diligência própria ou em grupos de whatsapp de segunda fase, nos quais os candidatos debatem bastante sobre o que é provável de ser cobrado.
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