Não existe uma regra geral a respeito da limitação do número de linhas ou de folhas na prova subjetiva. Existem provas que exigem ...

Fases do concurso - Prova subjetiva - parte 3 - Preciosismo vs quantidade de informações

By | agosto 13, 2019 Leave a Comment


Não existe uma regra geral a respeito da limitação do número de linhas ou de folhas na prova subjetiva. Existem provas que exigem que a resposta da questão, dissertação ou ato processual esteja dentro de certo limite espacial. Outras provas admitem a escrita à vontade, tendo por limite o tempo. Isso não quer dizer que, havendo espaço, o tempo seja o único limite. Em muitas provas, mesmo que você escreva o tempo todo, sobrarão linhas/folhas.

Por ex., na prova do concurso 187 de juiz do TJSP, com duração de 4 horas, foram cobradas: a)  4 questões: cada uma valia 1,5 pontos e contava com duas páginas de resposta, com 30 linhas pautadas, e b) uma dissertação valendo 4 pontos, com seis páginas de resposta, também com 30 linhas pautadas. Nem se eu escrevesse sem parar – o que é impossível, já que é necessário encontrar artigos no vade mecum – conseguiria preencher as 12 laudas em 4 horas.

Sobre a avaliação, algumas bancas trabalham com espelho fechado e outras com espelho mais aberto. Nesse cenário, a chance de “acertar” o espelho, no primeiro caso, ou de demonstrar capacidade de argumentação e domínio do tema, no segundo caso, aumenta SIGNIFICATIVAMENTE se se escrever mais. 

Aliás, provas sem espelho fechado ou com perguntas mais abertas têm o que chamo de “juízo comparativo”: não é pelo fato de ter “acertado” a conclusão que o candidato irá passar. Se fosse binária, a prova subjetiva não seria subjetiva, mas sim objetiva. Nesse sentido, o comportamento dos outros alunos provavelmente impactará no termômetro, estabelecendo, assim, um padrão mínimo de qualidade/profundidade para atingir uma boa pontuação na dissertação de 6 laudas. Quem só escreve 2 pode obter boa nota, mas é bem mais improvável que isso aconteça. 

Assim, desde que tive consciência disso e também da lenteza de minha escrita (letra de fôrma é mais lenta, em geral, do que a cursiva), busquei escrever ao máximo e, na medida do possível, evitar interrupções (idas ao banheiro, por ex.), de modo a minimizar prejuízos no juízo comparativo e alcançar ao máximo um eventual espelho. Nesse panorama, diante do dilema entre preciosismo e quantidade de informações, optei pela segunda alternativa.


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