Considerações sobre a prova escrita do MP-SP - Por Laís Bazanelli Marques Santos

By | agosto 21, 2019 Leave a Comment


Trago hoje instrutivo texto de @laisbazanellimarques, promotora aprovada no último concurso do MP-SP, sobre a prova escrita (que se realizará nas próximas semanas). A prova subjetiva do MP-SP talvez seja a prova que exija maior cautela com o tempo, pois, como bem pontuou a Laís, são apenas 4 horas para elaborar uma peça prática (com 120 linhas), uma dissertação (180 linhas) e 5 questões (30 linhas cada). Obrigado pelo excelente texto, Laís! Aproveito para indicar o perfil da @laisbazanellimarques, com dicas e informações muito úteis para quem almeja a carreira do MP.

Amigos que farão a 2ª fase do concurso do MPSP: de cara já é possível perceber que é pouco tempo de prova para muita coisa para responder. São apenas 4 horas para elaborar uma peça prática (com 120 linhas), uma dissertação (180 linhas) e 5 questões (30 linhas cada). De cara, eu peguei minha prova e li tudo com a calma possível para aquele momento. No momento em que recebi a prova, meu coração estava disparado. Então, até para acalmar os ânimos e respirar, em primeiro lugar eu li a prova inteira. Algum professor me disse na época e depois confirmei na prática: mesmo tendo iniciado pela peça, acredito que nossa cabeça já vai processando as outras questões. Por isso é importante ler a prova inteira. Fiz a prova na seguinte ordem: peça prática, dissertação e questões. Sempre que falo sobre a prova escrita do MPSP, gosto de lembrar que a peça vale 2,0 pontos, a dissertação vale 3,0 pontos e cada questão vale 1,0. Ainda, observem que não é permitido zerar a peça nem a dissertação. Portanto, se atentem ao fato de que muito embora a peça prática seja muito importante, ela não representa a maioria dos pontos da prova. Então, separei uma hora para realizá-la, e dei prioridade para a dissertação e questões. Além disso, em razão do tempo, aconselho a começar a escrever o mais rápido possível. Não dá tempo de fazer rascunho ou ficar consultando muito o código (aliás, mal dá tempo de responder a prova toda!). Além disso, quanto às questões, no dia da minha prova, comecei a responder pelas questões que eu mais sabia e depois passei para as questões que eu sabia menos. Achei legal fazer essa divisão, pois como a prova é muito rápida, algumas coisas precisam ser priorizadas (foquem nessa ideia). Não deixem para testar o tempo de prova apenas lá no dia de prova. Eu nunca tive dificuldade com tempo de prova, pois sempre consegui escrever rápido, e mesmo assim achei a prova muito corrida e tensa (porque dá medo de não conseguir terminar). Então, principalmente para aqueles que tem perfil de escrever de forma mais lenta na prova escrita, acho legal fazer um treino cronometrado pra sentir a melhor forma de dividir as questões. Na época, eu fiz mais ou menos uma divisão do tempo na minha cabeça para cada coisa (cerca de 1h para fazer a peça, 1h e meia para a dissertação e o restante para questões). Claro que lá na hora vai depender da complexidade de cada coisa, mas deixei mais ou menos dividido na minha cabeça para me ajudar na organização do tempo. E NÃO TIREM O OLHO DO RELÓGIO. Se lá na hora não puder usar relógio, peçam para o fiscal marcar de tempos em tempos e acompanhem fielmente o controle do tempo de prova. Isso é muito importante. Enfim, a prova é corrida, mas é possível. Desejo a todos uma ótima prova e contem comigo. 

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