Fases do concurso - Prova objetiva - Parte 1 - A falsa ideia de estagnação

By | junho 21, 2019 2 comments

 Inicio hoje uma nova série de posts sobre FASES DO CONCURSO. Buscarei falar um pouco de cada fase (da objetiva, discursiva, oral e títulos). Em primeiro lugar, trato da prova que, em geral, é aquela que causa muita angústia diante da maior demora na aprovação e da sensação de estagnação: a prova objetiva.

A demora na aprovação em prova objetiva MUITAS vezes é causada pela necessidade de acumulação de conhecimento.

A necessidade de acumulação de conhecimento exige tempo. A informação específica que, às vezes, é condição necessária para acertar uma questão só pode ser dominada quando sucessivos relatos são internalizados. Então, embora existam sucessivos progressos (o que antes era difícil torna-se intermediário; o que antes era intermediário torna-se fácil etc.), eles demoram encontrar ressonância em termos de números de acertos.

Por ex., o erro ao assinalar como correta a assertiva de que “são reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data do trânsito em julgado da sentença, maior de 70 (setenta) anos” por dúvida sobre o marco “trânsito em julgado” é BEM DIFERENTE do erro por dúvida generalizada (em cada idade e cada marco temporal) ou por não saber a diferença entre prescrição da pretensão punitiva e da pretensão executória.

Um efeito da inevitável demora na colheita de frutos é a sensação de que há algo errado, o que faz com que muitas pessoas troquem de material. Sucede, todavia, que dificilmente a causa da reprovação está na deficiência do material. E a troca faz com que a curva de esquecimento toda hora volte à “estaca zero”, ou seja, é abandonada a eficiência de ter múltiplos contatos com a mesma coisa em menor espaço de tempo. Cria-se, assim, um círculo vicioso.

Nesse contexto, como bem fala o @prof.ilanpresser, "a ausência de evidência não é a evidência da ausência". Isso porque o fato de o gabarito ser binário (acertou/errou) NÃO significa que não houve progresso. Ter noção disso me parece ser o primeiro passo para psicologicamente ser mais estratégico e paciente nas provas objetivas, enxergando os pequenos progressos e aguardando a colheita dos frutos.
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2 comentários:

  1. Gostaria de expressar minha gratidão pelos textos tão orientadores e de relevância prática. Muito obrigada! Sempre por aqui...

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